quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mechanical Figures 6_On the Boat from Helena Bulaja on Vimeo.

o filme transmidiático

(Prof. Dr. Mesac Roberto Silveira Júnior)

“No oceano agitado da comunicação digital... numerosas arcas, eternamente à deriva na superfície das águas, dançam entre si, trocam sinais, fecundam-se mutuamente.” (Pierre Lévy, Cibercultura)

“O cinema é a arte da manipulação” (Michael Haneke, Diretor de cinema austríaco)

“Estamos vivendo o primeiro capítulo das possíveis interações do cinema com as novas mídias digitais.” (André Parente, O virtual e o hipertextual)

“Cada máquina de visão, cada sistema de visualização, impõe à imagem produzida dimensões espaciais e temporais específicas. Cada dispositivo tecnológico veicula uma visão de mundo relativa à forma específica de modelagem do espaço e do tempo. Se cada sociedade tem seus tipos de máquinas, suas tecnologia e técnicas, é porque elas são o correlato de expressões sociais capazes de lhes fazer nascer e delas se servir como verdadeiros órgãos da realidade nascente. Cada tecnologia suscita questões relacionadas à sua consistência enunciativa específica que, em última instância, se articula com a produção cultural de uma sociedade em um determinado momento.” (André Parente, O virtual e o hipertextual)

O filme transmidiático, ou, manipulado transmidiaticamente pelas tecnologias digitais:
 põe forte acento na montagem e na experimentação.
 Por outro lado, trás uma vocação subjetiva e intimista ao tratar assuntos do cotidiano.
 Sua matéria prima é o sonoro, o musical, o oral e o literário, assim como a bricolagem com elementos cinematográficos.
 No cinema transmidiático o axioma de cena é preterido, estamos na miscelânea de pequenas tomadas reunidas.
 A linguagem do filme transmidiático é híbrida. Imagens e sons híbridos, auto-referentes, simulacros.
 Na estética clássica predominava a transparência onde o real se assinala, aqui trabalha-se na opacidade objetal.

O filme transmidiático:
 prioriza a estética da opacidade, que remetem ao ruído não ao sinal;
 chama a atenção do espectador para a materialidade da imagem
 remetem aos filmes de vanguarda;
 remete a uma nova sensibilidade social ligada a uma estética do simulacro enquanto desaparição do real;
 utiliza-se da imagem virtual onde o referente é fecundado pela informação;
 é a imagem da imagem da imagem;
 colocam em crise o sistema de representação;
 lida com o simulacro onde não se pode mais distinguir a cópia do original
 estabelece um jogo comunicacional, interativo e lúdico, onde se é criador e usuário simultaneamente;
 mostra a imagem transmidiática como processo de temporalização e espacialização;
 presencia a emergência da imaginação no mundo da razão que se liberta dos modelos disciplinares da verdade;
 trabalha com a imagem-tempo kronos e kairós: encontrou-me e não me encontrou ao mesmo tempo – tudo depende do meu desejo de me deixar seduzir;
 mostra a imagem que se libera da analogia, puro interstício, possível de se metamorfosear;
 trabalha com imagens que liberam as forças criatdoras por engendrarem os processos de modelagens os mais diversos.
 insere-se no ciberespaço: espaço de integração das mídias digitais;
 caracteriza-se pela montagem não linear, que tem um papel estruturante e não apenas acessório, na qual os planos não se sucedem;
 não utiliza as novas tecnologias da imagem apenas de forma acessória, mas contribui para a transformação do estado da arte do ponto de vista técnico e estético: a cultura digital.

O filme transmidiático:
 se constrói por meio da interconexão fluida de mensagens entre si, que lhe conferem diferentes sentidos em uma renovação constante. Imagem, voz, som e texto são objetos de prática de sampling e de remixagem.
 No filme transmidiático qualquer imagem, som e texto é potencialmente matéria prima de uma outra imagem, som e texto.
 O filme transmidiático aumenta o potencial de inteligência coletiva dos grupos humanos.

O realizador transmidiático:
 é um explorador e um construtor cooperativo de um universo de dados.
 Trabalha com hiperdocumentos que remetem uns aos outros em rede.
 Constrói sua própria ou coletiva rede semântica fluída e rizomática.
 Trabalha num processo recursivo de criação e transformação de uma memória-fluxo.
 Realiza a transformação cooperativa e contínua de uma reserva informacional.
 A idéia de autor torna-se secundária ou mesmo inexistente.
 O realizador transmidiático é um intérprete. Intérprete de um tema ou motivo pertencentes ao patrimônio de uma comunidade.
 O realizador transmidiático é um organizador de uma criação coletiva, sem autor, um retransmissor inventivo.


Fórum Transmidiático: evento no qual o material, selecionado, recolhido e produzido é tratado por diferentes tecnologias midiáticas e pelos diversos realizadores simultaneamente, remotamente e em rede.

Mechanical Figures 21_ private = public = private = from Helena Bulaja on Vimeo.

Mechanical Figures 2 _ NEW YORK from Helena Bulaja on Vimeo.

Mechanical Figures 3 _ New Yorker Times from Helena Bulaja on Vimeo.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

link para download do software de conversão de video

link para download do software de conversão de video, chamado Super 2010, do fabricante eRightSoft.
Este download é um shareware, o que significa que é gratuito, tanto para download como para uso, por tempo indeterminado.
Coloque no blog para que as outras escolas também possam ter acesso.

http://www.erightsoft.com/S6Kg1.html

Voce poderá verificar que ao clicar neste link, abrirá uma página com um descritivo do programa, e depois disso (lá embaixo, depois de todo este texto), há o local para download escrito:

Start Downloading SUPER ©

Ao clicar neste local, abrirá uma segunda página e no inicio do texto irá aparecer: SUPER © is a FREE Multimedia software to download and use
It plays & converts very fast full length movies to

Finalmente, abrirá uma terceira página e mais uma vez, no final do texto irá aparecer: Download SUPER © setup file from our 5th dedicated server

Aí é só clicar, salvar, instalar e começar a usar.

Parece complicado, mas não é.

Qualquer duvida, coloco-me a disposição.

Um abraço.

Nelson Magagna Filho
nelsonmagagna@uol.com.br

Próximo encontro Mostra 20 de maio no auditório de SME

DVD sobre direção de fotografia: iluminação no cinema e diversos outros temas

Cinematografia - Arquivo Plano B (duplo)
Conceito de quem assistiu: | (opine)
Distribuidora: TANGO ZULU FILMES
Diretor: BARROS, GABRIEL

A arte e a técnica vista por 54 dos melhores diretores de fotografia do Brasil

Disco 1
Cinematografia o documentário discute a cinematografia com entrevistas
dos 54 melhores diretores de fotografia atuantes no Brasil.

Disco 2
Workshops material extra de aprox. 3h dividido em quatro temas --
Profissão Fotógrafo, Arte e Técnica, Vídeo e Cinema brasileiro.

Apresentação Pierre Cortes

EDIÇÃO

A JUSTAPOSIÇÃO DE
IMAGENS

CONCEITO:
IMAGENS DISTINTAS E ISOLADAS.

AGRUPAMENTO GERANDO UMA MESMA IDÉIA.


D. W. GRIFFITH
PAI
DA MONTAGEM
A Edição pode:
● Modificar o sentido do filme;
● Reforçar uma idéia ou conceito;
● Gerar tensão;
● Criar um clima;
● Intensificar uma idéia utilizando imagens distintas.


ROTEIRO

DA ORIGEM DA IDÉIA AO PROCESSO DE FINALIZAÇÃO
Afinal de contas,
o que é um roteiro?
“É uma história contada em imagens, diálogo e descrição, dentro de um contexto de uma estrutura dramática.”
Syd Field

Ou ainda, o roteiro é a forma escrita de qualquer projeto audiovisual.
E para que serve o roteiro?
O roteiro será o responsável em dar vida ao nosso filme.
Sendo assim, o roteiro servirá como guia para a construção da obra fílmica.

Sabendo que o roteiro é uma obra escrita, podemos dizer que o roteirista é um escritor?
“O romancista escreve, enquanto o roteirista trama, narra e descreve.”

Doc Comparato
Para alguns autores, o roteirista pode ser considerado um escritor de uma atividade literária diferenciada.

Vocês sabiam que todos nós somos roteiristas?

Há filmes sem roteiro?
Um bom roteiro não é a garantia de um bom filme, mas sem um bom roteiro não existe um bom filme.

O papel deste profissional é de suma importância para o mundo do cinema.

ESTRUTURA DO ROTEIRO
ROTEIRO

+

TÉCNICA

=

ESTRUTURA

A seguir abordaremos as etapas que compõem a estrutura.

ESTRUTURA DO ROTEIRO

IDÉIA

O início de qualquer roteiro vai nascer de uma idéia.
Origem das idéias

LEWIS HERMAN


STORY LINE
Deve conter o conflito principal da nossa história.
É a essência da narrativa.
No máximo deve ter
5 LINHAS

SINOPSE
É o resumo do filme.
Geralmente varia de
10 A 15 LINHAS

PERSONAGENS
É necessário criarmos um histórico para os personagens.
O Personagem deve ter
VIDA PRÓPRIA

ARGUMENTO
É a história contada em sua integralidade.
O Argumento deve ter
DE 10 A 15 PÁGINAS

PLOT
Conflito Principal
SUBPLOT
Conflito Secundário

ROTEIRO
É a história dividida em cenas.
O roteirista deve pensar
EM IMAGENS

MODELO DE ROTEIRO
21. INT. - TRAILER – NOITE
Richard está sentado numa cama, na parte traseira do trailer. Ele mantém Scott e Kate sob a mira de sua arma. Os dois adolescentes assustados estão de mãos dadas.

KATE
- Com licença.

Richard a encara.

TAG LINE
É uma frase que contém o mote do filme.
A Tag Line deve ser

INTENSA E MARCANTE

ROTEIRO DE DOCUMENTÁRIO
O Roteiro de Documentário é constituído de 03 fases distintas:
Pré-Roteiro
Roteiro de gravação
Roteiro definitivo
Lembrando que o documentário lida com
SURPRESAS

Boa sorte nas gravações e boas histórias.

http://telalarga.blogspot.com

www.twitter.com/telalarga

terça-feira, 20 de abril de 2010

educação na cidade transmidiática

Educação na cidade transmidiática
(Prof. Dr. Mesac Roberto Silveira Jr – formador DOT P Ipiranga)

Numa megalópole como São Paulo, onde o fluxo de informação como imagens e sons estão em constante mutação, onde são ininterruptos os deslocamentos de pessoas entre os signos que se espalham sobre a “pele” da cidade (vistos de relance através de ônibus, metrôs, carros, motocicletas, a pé) ou transeuntes que vagam com seus aparelhos mp3 conferindo uma trilha sonora às paisagens contempladas. Numa megalópole onde, por exemplo, fazendo pleno uso das tecnologias da comunicação digitais, estudantes da EMEF Prof. Francisco da Silveira Bueno se mantém em constante diálogo com professores, inclusive aos finais de semana, através das redes sociais da internet, onde o Secretário de Educação e grande número de educadores atualizam suas inserções no Twitter diversas vezes ao dia, onde milhares de professores já podem ser formados à distância através de plataformas educacionais, pode-se falar de uma megalópole em rede, uma megalópole eletrônica, virtual, que se hibridiza mesclando o privado e o público. Instaura-se uma cidade transmidiática, na qual os diversos fluxos de informação e percepção se mesclam de forma indissociável.
Numa megalópole assim, onde espaço, tempo e materiais ganham novos sentidos, somos instados a ser educadores que transitam habilmente entre essas diferentes referências midiáticas. Transitamos numa megalópole também trânsito. Numa era de movimento e deslocamento, época de verdades transitórias, conhecimentos provisórios e identidades mutáveis, a educação é prática que oferece densidade a esse processo. Se o educador é o grande instaurador dos ritos de passagem desde as sociedades imemoriais, na sociedade e na megalópole contemporânea sua função se desdobra porque a própria cidade e seus habitantes estão ininterruptamente de passagem e os rituais se instauram em plena transição.
Na megalópole transmidiática, os estudantes não apenas interagem com seus colegas pela rede social digital, mas também, continuam seu processo educativo final de semana à dentro, trocando mensagens, imagens e músicas com seus professores. Esse estudante pode até ter linha direta com o Secretário de Educação por meio do Twitter. Por seu lado, o educador, em pleno domingo amplia suas informações sobre a família, os gostos, em fim, o mundo cultural e estético dos seus alunos.

Numa cidade que passa a ser, sobretudo, lugar de comunicação, no sentido de deslocamentos e de relação, os estudantes se reúnem em lan houses após ou antes do período escolar e leem, escrevem, apreciam, produzem e trocam imagens, filmes e músicas. Exercitam tarefas, habilidades e competências num ambiente complexo, com diferentes usuários e linguagens ao mesmo tempo. Nesse contexto, as inúmeras salas de informática espalhadas pelas escolas da rede pública são extensões dinâmicas de uma megalópole comunicativa em constante mutação, onde se fundem a tecnologia, o conhecimento, o território, a paisagem e o habitar.
Habitar e atuar nesse território inédito e enigmático que é a megalópole transmidiática permite ao educador experiências híbridas com espaço e tempo que se projetam além das dimensões arquitetônicas e rotinas formais e superam tempo (Kronos) cronológico, sistemático, e rumam em direção ao tempo Kairós, tempo da graça, da oportunidade. O arquitetônico e o cronológico não desaparecem, mas se hibridizam midiaticamente.
Termino esse texto com mais dois exemplos dessa interconexão midiática. O da Diretora da EMEE Helen Keller que atualiza assiduamente suas inserções no Twitter realizando um importante tipo de crônica intelectual, formativa, crítica, lúdica e cotidiana sobre a educação e a cultura em geral e o universo dos surdos. E o depoimento da Coordenadora Pedagógica da EMEI Alberto de Oliveira que me relatou a experiência de uma mãe que encontrava alivio da ansiedade de deixar seu filho pequeno na escola quando a Coordenadora lhe enviava por celular uma foto da criança feliz e brincando tirada apenas alguns minutos depois que a mãe se ausentava.
Definitivamente a escola extrapola seus muros e paredes e a comunicação se faz em mão dupla na cidade transmidiática, interconectando educacionalmente as praças, as ruas, as avenidas, as casas e seus cibercidadãos.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Entrevista imperdível com o documentarista Eduardo Coutinho

http://www.intermidias.com/anterior/categorias/entre_edcout.htm

quinta-feira, 1 de abril de 2010

resumo da palestra de Juliana Oliveira

Educação para a criação: imagem, símbolo e mito nas narrativas audiovisuais

Juliana Michelli S. Oliveira

Nesta apresentação foram elaboradas reflexões sobre a criação audiovisual no contexto escolar. A partir do esboço das diferenças de seus contornos em relação à produção mercantil e valendo-se da ideia da arte como expressão de conteúdos singulares - e geralmente rechaçados socialmente -, sugeriu-se a concepção de um "artesanato audiovisual". Para a construção do "artesanato audiovisual" foram apresentadas as noções de símbolo, narrativas simbólicas e mito, de maneira a aprofundar o olhar do educador frente às suas produções e a de seus educandos, visando o auto-conhecimento e convivência de diferentes sensibilidades. A demonstração da construção audiovisual deu-se por meio da apresentação e comentários de "Máquinas de fantasia de Remédios Varo" e "Antologia I: João Cabral de Melo Neto".

É tudo verdade

http://www.itsalltrue.com.br/2010/apresentacao/index.asp?lng=